quarta-feira, 13 de abril de 2011

Estados

eu, com tantas raízes aprofundadas
enlaçadas e desencontradas no solo.
eu, sentada sob o sol vendo a nuvem

passar.


andando e desmontando os passos
desconstruindo meu sentido
desarmando o segredo
da realidade
girando o rosto em volta
o olhar dissimulado, as rédeas soltas

eu, mexendo as ideias com um canudo
acabando com o corpo de fundo
sorvendo o suco, imberbe?

passando os dias, colhe(ra)ndo as noites
purpúreas
ar de serenatas, planos pra dois
entradas e saídas.

Eu sou a porta?


dar as costas contra o imã,
em seguida surpresa

perder-se com os braços
esquecer o corpo, levar-se

atingir-se como raio,

preencher
deixar-se borbulhar
e vapor ar

E

cOndensAR-se,

cheio,

folha ao vento.

sábado, 22 de janeiro de 2011

E

Se fosse fácil falar quando é necessário...
Se pensar fosse além das palavras que conhecemos...
Se sentir bastasse pra compreender...
Se o conhecimento não fosse eremita...
Se as normas fossem repensadas...
Se a educação fosse para todos e formasse cidadãos...
Se as opções fossem apresentadas a todos...
Se a simplicidade fosse reconhecida...

como seria?